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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

O Forte da Barra

1
Sem data
Colecção Fernando de Morais Sarmento
2
Sem data
Colecção Fernando de Morais Sarmento

3
Torre de signaes da Barra
Sem data. Colecção Miguel Chaby

4
Ponte de acesso à Barra, assente sobre pilares de pedra, anterior à ponte totalmente em madeira que existiu até 1975
Sem data. Autor desconhecido

5
Sem data
Edição Alberto Ferreira, Porto

6

Forte e Portas d' Água

Sem data. Edição Souto Ratola, Aveiro

7
Sem data
Colecção Miguel Chaby
8
Cerca de 1920
Edição Souto, Porto. Colecção Énio Semedo

9
Sem data.
Autor desconhecido

10
Sem data.
Autor desconhecido

11
O farol do Forte
Jorge Cunha, 2010

12
Jorge Cunha, 2010

13
Terraço onde se encontra implantado o farol do Forte, pavimentado com blocos cerâmicos. A base sobre que assenta o farol é em grés vermelho de Eirol; a cantaria que circunda a porta é de pedra calcária (pedra de Ançã)
Jorge Cunha, 2010

14
Trecho da muralha do Forte, sendo visível o grés vermelho de Eirol usado na sua construção. À direita, ruínas de um edifício em adobe
Jorge Cunha, 2010

15
Pormenor da muralha do Forte, sendo visíveis os blocos de grés vermelho de Eirol
Jorge Cunha, 2010

16
Capela de Nossa Senhora dos Navegantes, junto ao Forte, construída em 1862-63 e restaurada em 1996
Jorge Cunha, 2010
17
Local onde se situava a antiga ponte de madeira que ligava o Forte à Barra. Ao fundo, sobre a direita, o farol da Barra
Jorge Cunha, 2010

18
Troço, visto de junto do Forte, da antiga estrada Aveiro-Barra. Ao fundo, à esquerda, o Jardim Oudinot. O gradeamento que se vê à direita dava início à antiga ponte da Barra, em madeira, que foi utilizada até 1975
Jorge Cunha, 2010
19
Ponte da Cambeia, na antiga estrada Aveiro-Barra. Esta ponte ligava a Gafanha ao ilhote onde se situa o Forte da Barra. Ao fundo, à direita, o Jardim Oudinot
Jorge Cunha, 2010

20
Pormenor da ponte da Cambeia, sendo perfeitamente perceptível o grés vermelho de Eirol utilizado na sua construção
Jorge Cunha, 2010

Notas à margem

* O Forte da Barra deve o seu nome ao facto de se situar perto da barra de Aveiro, da barra nova (que é a actual), rasgada nos princípios do séc. XIX para restabelecer a comunicação entre as águas da ria e o mar. Ao longo dos séculos, esta comunicação existiu em pontos diferentes da costa e, por diversas vezes, esteve interrompida, originando graves problemas para as actividades económicas locais, assim como de saúde pública, devido à estagnação das águas da laguna.

* Este pequeno forte, construído num ilhote da Gafanha (a ilha da Mó do Meio) era conhecido, em tempos mais antigos, como Castelo da Gafanha (por se situar em área pertencente a esta povoação) ou Forte Novo (para o distinguir de um Forte Velho que terá existido a sul da Vagueira, numa época em que a barra se situava nesta zona, entre a Vagueira e Mira.

* O Forte Novo e o respectivo farol devem ter servido, sobretudo, como apoio à navegação depois da abertura da barra nova, o que aconteceu em 1808. Na terceira das fotografias apresentadas acima, o Forte Novo aparece, curiosamente, designado como "Torre de signaes da Barra". E há notícia de que, no dia 7 de Janeiro de 1809 (menos de um ano depois da abertura da barra), João Rangel de Quadros, capitão de cavalaria, foi nomeado governador do "Castelo da Gafanha" ou "Forte Novo".
* Outro aspecto curioso que se relaciona com o Forte da Barra é a questão do acesso até ele (uma vez que estava construído num ilhote) e, depois, até ao que é hoje a praia da Barra. Segundo o padre João Vieira Resende ("Monografia da Gafanha"), a construção da estrada que viria a ligar Aveiro à Gafanha iniciou-se em 17 de Abril de 1855, incluindo uma ponte de madeira sobre o canal do Boco (no braço da ria que segue para Ílhavo e Vagos). Mais tarde, em 1860, a estrada foi continuada em direcção ao Forte da Barra, tendo este troço sido concluído em 30 de Abril de 1861. Este lanço incluía uma ponte de acesso ao ilhote - a ponte da Cambeia - por onde se passava, até 1975, para ir para a Barra. Parte desta ponte ainda existe actualmente, ao lado do jardim Oudinot (foto 19).
* Em 1884, é construída uma ponte de madeira, assente em pilares de pedra (restos de uma parte do paredão que foi destruída), que ligava o Forte ao lugar da Barra. Um ano depois, em Março, começa a construir-se o Farol, que foi inaugurado em 31 de Agosto de 1893.

* A capela de Nossa Senhora dos Navegantes, junto ao Forte da Barra, começou a ser construída em 3 de Dezembro de 1862, tendo ficado concluída em 30 de Maio de 1863. Custou 400.000 réis.
* Como refere Manuel Ferreira Rodrigues ("A Construção Civil em Aveiro, 1860-1930"), "Aveiro não possui pedra", tendo sido essa "escassez de pedra que levou à destruição da muralha que cintava uma parte da cidade". Além de outros, um dos destinos que levou a pedra da muralha foram as obras da barra nova de Aveiro. No séc. XIX, como já em séculos anteriores, a pedra mais comumente utilizada em Aveiro era o grés vermelho que provinha da pedreira chamada da ponte da Rata, em Eirol, e que chegava à cidade de barco. Ainda hoje é perfeitamente visível a sua utilização tanto na construção do Forte da Barra (fotos 13, 14 e 15), como da ponte da Cambeia (fotos 19 e 20).

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O abate dos choupos da Avenida























2 de Novembro de 2010. Começou o abate dos choupos da Avenida. Os choupos da Avenida. Talvez já velhos. Talvez não muito adequados para um espaço como aquele. Talvez...tudo o que quiserem. Mas eram os choupos da Avenida. Enquanto lá estiveram (e foi por muitos anos), quase não dávamos por eles, tão familiar era a sua presença, a sua companhia. Agora, o vazio que deixam é uma ferida aberta.
Em sua memória. E para memória futura.